Cardiomiopatia Hipertrófica Felina no British Shorthair
20 de outubro de 2022
Entenda a Cardiomiopatia Hipertrófica Felina no British Shorthair, seus sinais clínicos, diagnóstico e possibilidades de tratamento. Saiba como identificar precocemente e oferecer qualidade de vida ao seu felino.

Introdução: O Coração do Seu Gato Merece Atenção
A Cardiomiopatia Hipertrófica Felina (CMH) é uma das doenças cardíacas mais comuns entre os gatos. Ela afeta principalmente raças como Maine Coon, Persa, Ragdoll — e sim, também o British Shorthair.
Isso se deve ao histórico genético compartilhado, especialmente com os Persas, o que torna o rastreio da CMH fundamental para criadores responsáveis e tutores atentos.
O Que é a Cardiomiopatia Hipertrófica Felina?
A CMH é caracterizada pelo espessamento anormal da parede do ventrículo esquerdo do coração, o que compromete a capacidade de bombeamento e o enchimento diastólico (relaxamento do coração entre os batimentos).
Trata-se de uma condição progressiva e sem cura definitiva, mas que pode ser gerida com acompanhamento veterinário.
Diferença entre um coração saudável e um com hipertrofia ventricular — comum em CMH.
Principais Sinais Clínicos
Muitos gatos com CMH são assintomáticos por anos. Quando os sinais aparecem, é sinal de que a condição avançou:
- Respiração acelerada (taquipneia) ou dificultada (dispneia).
- Letargia, fraqueza, menor disposição para brincar.
- Tosse leve, muitas vezes confundida com vômito.
- Desmaios (síncope) e até morte súbita em casos mais graves.
- Possível tromboembolismo, especialmente em membros traseiros.
Observe alterações sutis no comportamento respiratório — elas podem ser indicativos importantes.
Diagnóstico da CMH em Gatos
O exame de escolha é o ecocardiograma com Doppler, feito por cardiologista veterinário. Ele avalia a anatomia e o funcionamento do coração em tempo real.
Outros exames complementares incluem:
- Eletrocardiograma (ECG) e raios-X torácico.
- Dosagem do NT-ProBNP, um marcador que avalia esforço cardíaco.
Tratamento: Controle é a Chave
Embora não haja cura, é possível oferecer qualidade de vida com tratamento adequado.
Entre os medicamentos comumente utilizados estão:
- IECA (inibidores da ECA) → vasodilatação e redução da carga do coração.
- Betabloqueadores → controlam arritmias e reduzem o esforço cardíaco.
- Bloqueadores de canal de cálcio → relaxam o músculo cardíaco.
- Diuréticos → eliminam o excesso de líquido e reduzem edemas.
O sucesso do tratamento depende de um plano individualizado e monitoramento regular.
FAQ – Perguntas Frequentes Sobre CMH no British Shorthair
CMH é genética no British Shorthair?
Sim. Existe predisposição genética. Por isso, criadores responsáveis realizam triagens cardíacas nos reprodutores.
A CMH tem cura?
Não. Mas com diagnóstico precoce e acompanhamento, muitos gatos vivem por anos com boa qualidade de vida.
A doença causa dor?
Geralmente não. Mas sintomas como cansaço e trombose podem causar desconforto se não forem tratados.
Qual a idade mais comum para diagnóstico?
A CMH pode aparecer a partir dos 2 anos, mas é mais frequente após os 5 anos. Gatos mais velhos devem ser monitorados.
Conclusão
A Cardiomiopatia Hipertrófica Felina exige atenção, conhecimento e carinho.
Se você tem um British Shorthair — ou está pensando em adotar um —, saber sobre essa condição pode ser decisivo para garantir uma vida longa e saudável ao seu companheiro.
Este conteúdo foi produzido por British Village
Com base em nossa experiência prática como criadores especializados na raça British Shorthair, unimos conhecimento técnico e afeto genuíno na missão de informar e cuidar.
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