Vírus da Leucemia Felina – FeLV no British Shorthair

November 4, 2022

O Vírus da Leucemia Felina – FeLV Que Causa a Leucemia Viral Felina é Uma Das Principais Doenças Infecciosas Que Mais Mata os Felinos.

O vírus da leucemia felina – FeLV é um dos principais vírus causador de doenças infecciosas e que mais leva os felinos a óbito. O FeLV é distribuído mundialmente e acomete nossos lindos British Shorthair.

O FeLV foi descrito em 1964 por William Jarrett e colaboradores ao encontrarem partículas virais ligadas à membrana de linfoblastos em um gato com linfoma. O vírus pertence à família Retroviridae, gênero Gammaretrovirus.

Vários tecidos serão infectados e o vírus tem como alvos os linfócitos, monócitos, células percursoras hematopoiéticas, glândulas salivares e epitélio do trato respiratório. 

Posteriormente, o vírus da leucemia felina fará sua replicação em tecidos linfoide da orofaringe e, se o sistema imune do animal não eliminar o vírus, irá ocorrer a disseminação para todo o organismo. As células infectadas carreiam os vírus para medula óssea, timo, intestino, trato urinário e para os outros linfonodos, onde o vírus irá se replicar. 

Epidemiologia

Antes de mais nada, precisamos saber que os filhotes são mais suscetíveis a infecção por FeLV, do que gatos adultos ou os mais idosos. Isso acontece devido ao número de receptores celulares necessários para o FeLV infectar as células, e começar a replicação. Esses receptores diminuem em felinos mais velhos.  E um outro fato é o nível de anticorpos contra a FeLV, que em gatos de até 3 anos, os níveis são bem mais elevados do que em gatos mais jovens.

Além disso, os gatos que mais se infectam pelo FeLV são os machos que tem contatos com outros gatos e que tem acesso as ruas, assim como acontece na imunodeficiência felina. 

Transmissão

A transmissão pelo vírus da leucemia felina ocorre de forma horizontal e acontece através do contato de um felino sadio com outro que está infectado. Podendo ser através de secreções nasais, saliva e com objetos que esteve em contato com um animal infectado.

Outras formas mais incomuns de infecção são através da urina, fezes e por aerossóis.

A transfusão sanguínea pode ser uma possível fonte de transmissão, por isso é tão importante saber a procedência dos doadores, sendo necessário que esses animais sejam testados antes da doação de sangue. 

Sinais Clínicos

Assim como na FIV, na FeLV ocorre uma uma depressão no sistema imunológico do animal e eles ficam susceptíveis a doenças secundárias. 

O FeLV tem consequências patológicas muito diversas como: anemia, doença hepática ou intestinal, distúrbios reprodutivos e cânceres (linfossarcoma, leucemia, etc.).

Dentro de um gatil, os primeiros sinais de infecção geralmente são abortos espontâneos e mortalidade neonatal.

Diagnóstico

O método mais rápido para se diagnosticar o FeLV é através do teste sorológico de ELISA. O método irá identificar o antígeno viral p27 livre do FeLV encontrado no plasma sanguíneo ou no soro. O antígeno p27 é produzido em grande quantidade por células infectadas pelo vírus. 

Contudo, A Reação em cadeia da polimerase (PCR) também pode ser utilizada para detecção da atividade viral do FeLV. É a técnica mais sensível para a detecção do DNA do vírus, após ocorrer a transcrição reversa (RT). 

Em caso de algum resultado inconclusivo o exame de PCR é utilizado como teste confirmatório.

Tratamento 

Pela falta de tratamento específico para FeLV, é feito pelos veterinários e tutores o tratamento de suporte para os animais infectados. 

O tratamento será feito com um suporte nutricional para melhorar a qualidade de vida dos animais. Além disso, alguns medicamentos são utilizados para diminuição da dor e para manter a imunidade adequada do animal para que não ocorra infecções secundárias. 

Um dos medicamentos mais utilizados para o tratamento de FeLV é o azidotimidina (AZT), que é um nucleosídeo análogo que adentra ao DNA viral na transcrição reversa. 

Controle e Profilaxia 

Como foi dito anteriormente. a FeLV é uma das doenças infecciosas mais comum entre os gatos, mas a prevalência vem caindo desde 1980 na América do Norte e em outros continentes. Isso vem acontecendo devido a conscientização dos tutores, a realização de teste, a separação dos animais, além da vacinação contra a doença.

Do mesmo modo que os felinos domésticos que são os mais infectados pelo FeLV, eles devem ser mantidos em casa, com ambiente limpos e livre de estresse. 

A vacinação é um importante controle profilático para que a doença não tenham um disseminação.  

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