O Vírus da Leucemia Felina – FeLV Que Causa a Leucemia Viral Felina é Uma Das Principais Doenças Infecciosas Que Mais Mata os Felinos.
O vírus da leucemia felina – FeLV é um dos principais vírus causador de doenças infecciosas e que mais leva os felinos a óbito. O FeLV é distribuído mundialmente e acomete nossos lindos British Shorthair.
O FeLV foi descrito em 1964 por William Jarrett e colaboradores ao encontrarem partículas virais ligadas à membrana de linfoblastos em um gato com linfoma. O vírus pertence à família Retroviridae, gênero Gammaretrovirus.
Vários tecidos serão infectados e o vírus tem como alvos os linfócitos, monócitos, células percursoras hematopoiéticas, glândulas salivares e epitélio do trato respiratório.
Posteriormente, o vírus da leucemia felina fará sua replicação em tecidos linfoide da orofaringe e, se o sistema imune do animal não eliminar o vírus, irá ocorrer a disseminação para todo o organismo. As células infectadas carreiam os vírus para medula óssea, timo, intestino, trato urinário e para os outros linfonodos, onde o vírus irá se replicar.
Antes de mais nada, precisamos saber que os filhotes são mais suscetíveis a infecção por FeLV, do que gatos adultos ou os mais idosos. Isso acontece devido ao número de receptores celulares necessários para o FeLV infectar as células, e começar a replicação. Esses receptores diminuem em felinos mais velhos. E um outro fato é o nível de anticorpos contra a FeLV, que em gatos de até 3 anos, os níveis são bem mais elevados do que em gatos mais jovens.
Além disso, os gatos que mais se infectam pelo FeLV são os machos que tem contatos com outros gatos e que tem acesso as ruas, assim como acontece na imunodeficiência felina.
A transmissão pelo vírus da leucemia felina ocorre de forma horizontal e acontece através do contato de um felino sadio com outro que está infectado. Podendo ser através de secreções nasais, saliva e com objetos que esteve em contato com um animal infectado.
Outras formas mais incomuns de infecção são através da urina, fezes e por aerossóis.
A transfusão sanguínea pode ser uma possível fonte de transmissão, por isso é tão importante saber a procedência dos doadores, sendo necessário que esses animais sejam testados antes da doação de sangue.
Assim como na FIV, na FeLV ocorre uma uma depressão no sistema imunológico do animal e eles ficam susceptíveis a doenças secundárias.
O FeLV tem consequências patológicas muito diversas como: anemia, doença hepática ou intestinal, distúrbios reprodutivos e cânceres (linfossarcoma, leucemia, etc.).
Dentro de um gatil, os primeiros sinais de infecção geralmente são abortos espontâneos e mortalidade neonatal.
O método mais rápido para se diagnosticar o FeLV é através do teste sorológico de ELISA. O método irá identificar o antígeno viral p27 livre do FeLV encontrado no plasma sanguíneo ou no soro. O antígeno p27 é produzido em grande quantidade por células infectadas pelo vírus.
Contudo, A Reação em cadeia da polimerase (PCR) também pode ser utilizada para detecção da atividade viral do FeLV. É a técnica mais sensível para a detecção do DNA do vírus, após ocorrer a transcrição reversa (RT).
Em caso de algum resultado inconclusivo o exame de PCR é utilizado como teste confirmatório.
Pela falta de tratamento específico para FeLV, é feito pelos veterinários e tutores o tratamento de suporte para os animais infectados.
O tratamento será feito com um suporte nutricional para melhorar a qualidade de vida dos animais. Além disso, alguns medicamentos são utilizados para diminuição da dor e para manter a imunidade adequada do animal para que não ocorra infecções secundárias.
Um dos medicamentos mais utilizados para o tratamento de FeLV é o azidotimidina (AZT), que é um nucleosídeo análogo que adentra ao DNA viral na transcrição reversa.
Como foi dito anteriormente. a FeLV é uma das doenças infecciosas mais comum entre os gatos, mas a prevalência vem caindo desde 1980 na América do Norte e em outros continentes. Isso vem acontecendo devido a conscientização dos tutores, a realização de teste, a separação dos animais, além da vacinação contra a doença.
Do mesmo modo que os felinos domésticos que são os mais infectados pelo FeLV, eles devem ser mantidos em casa, com ambiente limpos e livre de estresse.
A vacinação é um importante controle profilático para que a doença não tenham um disseminação.
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